Manejo da Dor Crônica: Uma Revisão de Terapias Farmacológicas e Não Farmacológicas
Palavras-chave:
Dor Crônica, Terapia Farmacológica, Terapia Não Farmacológica, Abordagem Interdisciplinar, Qualidade de VidaResumo
A dor crônica é uma condição multifatorial persistente além de três meses, afetando a qualidade de vida de milhões de pessoas no mundo. Este artigo revisa as principais estratégias de manejo, incluindo terapias farmacológicas (anti-inflamatórios não esteroides, opioides, antidepressivos e anticonvulsivantes) e não farmacológicas (terapia cognitivo-comportamental, exercícios físicos, reabilitação interdisciplinar e práticas integrativas). A busca bibliográfica foi realizada em bases como PubMed, SciELO e Web of Science, abrangendo estudos até 2021. As evidências apontam que, embora a medicação seja essencial para o alívio sintomático inicial, muitos pacientes apresentam efeitos adversos ou resultados insatisfatórios quando não associada a intervenções complementares. Dessa forma, programas de atividade física, suporte psicológico e abordagens interdisciplinares demonstram potencial significativo para reduzir a intensidade dolorosa, melhorar a funcionalidade e promover o autogerenciamento da condição. Conclui-se que a adoção de estratégias multimodais e individualizadas oferece as melhores perspectivas no tratamento da dor crônica, exigindo-se, ainda, avanços na pesquisa para aperfeiçoar protocolos clínicos e ampliar o acesso a essas abordagens.
Referências
ATTAL, N. et al. Diagnoses and treatment of neuropathic pain. Pain, v. 136, n. 3, p. 380-387, 2008.
ARNSTEIN, P. The mediation of disability by self-efficacy in different samples of chronic pain patients. Disability & Rehabilitation, v. 22, n. 17, p. 794-801, 2000.
BREIVIK, H. et al. Survey of chronic pain in Europe: prevalence, impact on daily life, and treatment. European Journal of Pain, v. 10, n. 4, p. 287-333, 2006.
BUSCH, A. J. et al. Exercise for treating fibromyalgia syndrome. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 4, p. CD003786, 2013.
EHDE, D. M.; DILLWORTH, T. M.; TURNER, J. A. Cognitive-behavioral therapy for individuals with chronic pain. American Psychologist, v. 69, n. 2, p. 153-166, 2014.
HONORÉ, P. et al. Neuropathic pain: central or peripheral? Current issues in the debate. Current Opinion in Anaesthesiology, v. 25, n. 5, p. 561-564, 2012.
INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR THE STUDY OF PAIN (IASP). IASP Taxonomy. 2012.
MANCHIKANTI, L. et al. Comprehensive evidence-based guidelines for interventional techniques in the management of chronic spinal pain. Pain Physician, v. 12, n. 4, p. 699-802, 2009.
MARTELL, B. A. et al. Systematic review: opioid treatment for chronic back pain: prevalence, efficacy, and association with addiction. Annals of Internal Medicine, v. 146, n. 2, p. 116-127, 2007.
MERSKEY, H.; BOGDUK, N. (Eds.). Classification of chronic pain: descriptions of chronic pain syndromes and definitions of pain terms. 2. ed. Seattle: IASP Press, 1994.
TURK, D. C.; WILSON, H. D.; CAHILL, J. The cognitive-behavioral approach to pain management. In: LOESER, J. D. et al. (Eds.). Bonica’s management of pain. 4. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2010. p. 1719-1730.
VAN TULDER, M. W. et al. Chronic low back pain. Best Practice & Research Clinical Rheumatology, v. 16, n. 5, p. 761-775, 2002.
WADDLE, M. et al. Interdisciplinary chronic pain management for veterans. Pain Medicine, v. 14, n. 12, p. 1825-1830, 2013.
WOLF, C. J. Pain: moving from symptom control toward mechanism-specific pharmacologic management. Annals of Internal Medicine, v. 140, n. 6, p. 441-451, 2004.
WOOLF, C. J. Central sensitization: implications for the diagnosis and treatment of pain. Pain, v. 152, n. 3, p. S2–S15, 2011.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Journal of Health Science and Innovation - ISSN 3085-5748

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.